O relatório anual do GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), uma organização de defesa da mídia, revelou que, embora haja mais personagens queer e trans nas telas do que nunca, a maioria deles aparece por menos de cinco minutos1. O 11º Índice de Responsabilidade de Estúdio do GLAAD (SRI) analisa a “quantidade, qualidade e diversidade de personagens LGBTQ+ no cinema durante o ano calendário anterior”1. O relatório deste ano incluiu não apenas os filmes lançados nos cinemas por grandes estúdios, mas também os lançamentos de 2022 de grandes serviços de streaming, como Apple TV+ e Netflix1.

Aumento na quantidade, mas não na qualidade

Apesar do aumento no número de personagens LGBTQ+ nos filmes, o relatório do GLAAD mostrou que mais da metade (57%) desses personagens teve menos de cinco minutos de tempo de tela1. Isso indica que, embora haja uma maior presença de personagens queer e trans nas telas, a qualidade e a profundidade de suas representações ainda deixam a desejar.

A importância da representação LGBTQ+ no cinema

A representação adequada da comunidade LGBTQ+ no cinema é crucial, especialmente em um momento em que essa comunidade enfrenta ataques culturais e políticos sem precedentes1. O GLAAD enfatiza a importância de responsabilizar os estúdios de cinema pela forma como a comunidade LGBTQ+ é representada nas telas, garantindo que essas representações sejam autênticas, significativas e diversas.

Desafios e oportunidades para a representação LGBTQ+ no futuro

Para melhorar a representação LGBTQ+ no cinema, é necessário que os estúdios de cinema e os serviços de streaming invistam em histórias e personagens mais complexos e diversos. Isso inclui não apenas aumentar o tempo de tela desses personagens, mas também garantir que suas histórias sejam contadas de maneira autêntica e respeitosa. Além disso, é fundamental que a indústria cinematográfica continue a apoiar e promover cineastas e roteiristas LGBTQ+, para que suas vozes e perspectivas sejam ouvidas e representadas nas telas.