Em julho, Shinjiro Atae, um popstar japonês de 34 anos, fez uma declaração inesperada no palco diante de 2.000 fãs: ele se assumiu gay. No Japão, um país conservador que não legalizou as uniões entre pessoas do mesmo sexo, seu anúncio surpreendeu a multidão. Apesar de ser um país relativamente progressista em relação aos direitos LGBTQ+ quando comparado a outros países asiáticos, o Japão ainda não garante igualdade jurídica total para pessoas LGBTQ+.
A atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo foi legalizada no Japão em 1880, após a instalação do Código Napoleônico, e a idade de consentimento é a mesma para heterossexuais. No entanto, casais do mesmo sexo e lares sustentados por esses casais não estão sob a proteção da lei que resguarda casais de sexos opostos. Além disso, embora a lei de igualdade de oportunidade tenha sido revisada várias vezes ao longo dos anos para combater a discriminação e o assédio sexual no local de trabalho, ainda há muito a ser feito.
## O impacto da revelação de Atae e a luta pelos direitos LGBTQ+ no Japão
A revelação de Shinjiro Atae pode ser vista como um passo importante na luta pelos direitos LGBTQ+ no Japão. Durante uma entrevista com a repórter Motoko Rich, do The New York Times, Atae compartilhou que foi sua recente mudança para os Estados Unidos que o convenceu a se assumir publicamente. A reação dos fãs à sua revelação foi em grande parte positiva, com muitos expressando seu apoio e amor por Atae, apesar de admitirem que se sentiriam desconfortáveis se alguém lhes dissesse que é gay.
A luta pelos direitos LGBTQ+ no Japão continua, e ações como a de Atae podem ajudar a aumentar a conscientização e a aceitação das pessoas LGBTQ+ no país. Ainda assim, é importante lembrar que a igualdade jurídica e social completa ainda não foi alcançada, e é necessário continuar trabalhando para garantir que todos os cidadãos japoneses, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero, tenham os mesmos direitos e proteções.