O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, afirmou no dia 7 de outubro de 2023 que não “reconhece a comunidade LGBT” e prometeu combater tendências “perversas” que, segundo ele, visam destruir a instituição da família no país1. O governo turco, liderado por Erdogan e seu partido de raízes islâmicas, o AK Party, endureceu sua postura em relação às liberdades LGBTQ nos últimos meses, especialmente durante a campanha para as eleições deste ano, realizadas em maio1.

A homossexualidade não é considerada crime na Turquia, mas a hostilidade em relação a ela é generalizada, e as repressões policiais às paradas do orgulho têm se tornado mais severas ao longo dos anos1. Em um congresso do AK Party em Ancara, Erdogan, que frequentemente rotula membros da comunidade LGBTQ como “desviantes”, afirmou que nem seu partido nem seus aliados nacionalistas do MHP reconhecem a comunidade LGBTQ1.

Após a Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York no mês passado, Erdogan reclamou que se sentia desconfortável com o uso do que descreveu como “cores LGBT” na ONU, que na época estava decorada com cores vivas promovendo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável1.

A postura do governo turco em relação à comunidade LGBTQ

O endurecimento da postura do governo turco em relação às liberdades LGBTQ tem sido evidente nos últimos meses. Durante a campanha para as eleições deste ano, o partido de Erdogan e seus aliados nacionalistas do MHP adotaram uma postura mais rígida em relação à comunidade1.

Reações internacionais

A postura de Erdogan em relação à comunidade LGBTQ tem gerado preocupações e críticas internacionais. A declaração do presidente turco de que não “reconhece a comunidade LGBT” e sua promessa de combater tendências “perversas” são vistas como um retrocesso nos direitos humanos e na igualdade2.

Impacto na comunidade LGBTQ na Turquia

As declarações de Erdogan e a postura do governo turco em relação à comunidade LGBTQ têm impacto direto na vida das pessoas LGBTQ na Turquia. A hostilidade generalizada e as repressões policiais às paradas do orgulho tornam a vida mais difícil para essa comunidade, que enfrenta discriminação e violência1.