A teoria de gênero, um campo de estudo que desafia as noções tradicionais de sexo e gênero, não surgiu de uma única lei ou decreto, mas sim como resultado de décadas de pesquisa e debate acadêmico. Este conceito, que distingue gênero de sexo biológico, argumentando que o primeiro é uma construção social, tem suas raízes nas obras de pioneiros da psicologia e da sociologia.
Desde os anos 1950, estudiosos começaram a questionar a ideia de que os papéis de gênero eram inatos e imutáveis. A psicóloga e sexóloga americana John Money foi uma das primeiras a introduzir a distinção entre sexo, o aspecto biológico, e gênero, o papel social. No entanto, foi nos anos 70 e 80 que a teoria de gênero ganhou força, impulsionada pelos movimentos feminista e LGBTQ+, que buscavam desmantelar as estruturas de poder tradicionais e promover a igualdade.
A teoria de gênero hoje é reconhecida por sua contribuição significativa para a compreensão da identidade e da expressão de gênero, influenciando políticas públicas, educação e direitos humanos ao redor do mundo. Ao invés de ser atribuída a uma única pessoa ou legislação, ela é o resultado de um esforço coletivo de acadêmicos, ativistas e comunidades que lutam por uma sociedade mais inclusiva e justa.
Este campo de estudo continua a evoluir, refletindo as mudanças nas percepções sociais sobre gênero e sexualidade. A teoria de gênero desafia as pessoas a repensarem preconceitos e a reconhecerem a diversidade de experiências humanas, promovendo um diálogo mais aberto e inclusivo sobre identidade.